top of page

O triunfo dos Nerds Nos anos 70/80-Será que Teremos Algo Parecido no Brasil ?

  • Foto do escritor: Jefferson Firmino Mendes
    Jefferson Firmino Mendes
  • 19 de out. de 2024
  • 7 min de leitura

Atualizado: 20 de out. de 2024

O documentário O Triunfo dos Nerds retrata o surgimento da indústria de computadores pessoais, mostrando como jovens visionários da década de 1970 e 1980, movidos pela paixão pela tecnologia, moldaram o mundo que conhecemos hoje.


Bill Gates, Steve Jobs, Paul Allen e muitos outros são exemplos de nerds que transformaram a maneira como interagimos com a tecnologia, formando parcerias estratégicas, criando soluções inovadoras, mas também cometendo erros que servem de lição para os empreendedores contemporâneos.



Um dos principais pontos do documentário é a importância dos encontros e das parcerias. Por exemplo, a parceria entre Bill Gates e Paul Allen foi fundamental para o desenvolvimento da Microsoft, enquanto o encontro de Steve Jobs com Steve Wozniak deu origem à Apple. Esses encontros foram cruciais porque uniram talentos complementares. O entusiasmo desses visionários pelo que faziam era inegável, e esse é um fator que, segundo o documentário, diferenciou aqueles que tiveram sucesso daqueles que falharam.

No entanto, o documentário também ressalta que muitos desses pioneiros, apesar de brilhantes tecnicamente, cometeram erros que custaram caro. Um exemplo clássico é o da Digital Research, que, ao falhar em negociar com a IBM por questões de ego e falta de habilidade em tratar pessoas, perdeu a oportunidade de fornecer o sistema operacional para os computadores pessoais da empresa. Esse erro abriu caminho para a Microsoft, que aproveitou a oportunidade e se tornou dominante no setor. Outra lição importante é a de que alguns empreendedores, como os fundadores da Xerox PARC, criaram inovações revolucionárias (como a interface gráfica), mas não conseguiram capitalizá-las por falta de visão de mercado.

Esses erros refletem a importância de não apenas ter paixão pelo que se faz, mas também saber lidar com pessoas, negociar e ter uma visão de longo prazo. Saber reconhecer uma oportunidade e agir com inteligência é crucial para evitar que tecnologias inovadoras fiquem restritas aos laboratórios.

Ao traçar um paralelo com o Brasil, de fato, a tecnologia aqui vem se desenvolvendo mais lentamente. Hoje, vivemos um período em que equipamentos tecnológicos, como CPUs avançadas, smartphones e softwares de alto desempenho, estão mais acessíveis. Contudo, há uma percepção de que muitos brasileiros, especialmente as gerações mais jovens, têm uma relação mais superficial com a tecnologia.


Enquanto o uso de ferramentas como planilhas eletrônicas e Power BI se expandiu nos últimos cinco anos, o domínio técnico necessário para realmente explorar o potencial dessas ferramentas ainda é escasso.

É como se, apesar de termos avançado tecnologicamente, ainda estivéssemos um pouco atrasados no que diz respeito à educação tecnológica e à profundidade do conhecimento. Muitos jovens, por exemplo, não sabem montar um computador, trocar peças ou formatar um sistema operacional. Isso é preocupante porque a compreensão das bases da tecnologia é essencial para inovar e evoluir em áreas mais complexas.

Essa falta de profundidade técnica pode ser comparada à uma metáfora : "temos a tecnologia necessária para administrar tranquilizantes em animais, mas alguns ainda preferem usar uma flecha envenenada." Ou seja, muitas vezes temos ferramentas mais eficazes e eficientes à nossa disposição, mas acabamos utilizando métodos ultrapassados. Isso se deve, em parte, ao culto à tradição e às velharias, onde muitos preferem manter práticas antigas por medo de perder espaço no mercado ou de confrontar uma mudança significativa na maneira de fazer as coisas.

Esse medo de se adaptar às novas tecnologias e ser, de fato, mais produtivo — trabalhando menos, mas produzindo mais — acaba nos forçando a adotar uma postura mais robótica, repetindo padrões obsoletos e alimentando preconceitos. Em vez de abraçar as ferramentas que poderiam maximizar a produtividade, resistimos à mudança por receio de perder controle ou relevância. Assim, a inovação fica travada, e o potencial para transformar o mercado e a sociedade é subaproveitado.

Essa resistência não só impede o progresso individual, mas também alimenta uma mentalidade retrógrada que vê a automação e a tecnologia como ameaças, quando, na verdade, elas oferecem a chance de elevar o padrão de trabalho e gerar um impacto mais profundo e inteligente na forma como lidamos com as demandas do mercado e do cotidiano. Embora o Brasil tenha avançado em diversos aspectos tecnológicos, ainda há muito mercado para explorarmos e desenvolvemos além dos setores mais tradicionais, como o automotivo, varejista e atacadista convencionais. A modernização aqui ainda está distante em muitos campos, com muitos negócios funcionando de forma analógica. Não é incomum encontrar empresas que ainda usam fichas manuais e bancos de dados em papel, como cadernetas, fichários, ou blocos de anotações, exemplificando o “Seu Zé da mercearia da esquina”, onde o registro das vendas e do estoque ainda é feito à mão.

A introdução do PIX, por exemplo, só começou recentemente, e a modernização do varejo está acontecendo de forma gradual, com a adoção de maquinetas de cartão de débito e crédito, bem como sistemas mais eficientes para emissão de nota fiscal, controle de estoque e caixa. Esse processo facilita tanto a vida do comprador, que agora tem acesso a descrições detalhadas e valores dos itens comprados, quanto do operador de caixa, que utiliza leitores de código de barras. Além disso, permite que o staff tenha um controle financeiro e de custos muito mais preciso, tornando o processo contábil, fiscal e econômico mais transparente e eficiente.

Com essa modernização, surgem indicadores quantitativos e qualitativos que auxiliam na análise do perfil de compra dos consumidores e possibilitam uma gestão mais inteligente do negócio, algo que chamamos de Business Intelligence (BI). Essa abordagem permite uma visão mais estratégica e orientada por dados, ajudando os empreendedores a tomarem decisões mais assertivas, baseadas em padrões de consumo, previsões de demanda e controle de estoque.

Contudo, a resistência à mudança e o culto às velharias ainda são barreiras que encontramos em muitos setores. O medo de perder espaço no mercado e de confrontar a necessidade de ser mais produtivo — trabalhando menos, mas alcançando mais resultados — nos faz adotar uma postura cada vez mais robótica e conservadora, repetindo práticas antiquadas e mantendo preconceitos enraizados. Em vez de abraçar a inovação, muitos se agarram ao que é familiar, o que retarda o crescimento e impede que alcancemos o potencial completo que a tecnologia pode oferecer.

O Brasil tem um enorme campo a ser explorado no sentido de modernização e inovação em setores menos tradicionais, e é exatamente essa resistência ao novo que precisamos superar para abrir portas para mais eficiência, competitividade e inteligência na gestão de negócios. " Ou seja, muitas vezes temos ferramentas mais eficazes e eficientes à nossa disposição, mas acabamos utilizando métodos ultrapassados por falta de conhecimento ou habilidade. " A indústria de entretenimento atual tem assumido as rédeas do faturamento global, especialmente com o aumento da digitalização em tempos de pandemia e pós-pandemia. Um fenômeno que se intensificou nesse período é o surgimento de jovens que se tornaram multimilionários apenas utilizando a internet, algo que chamamos de fenômeno "viral". Esses jovens, sem precisar de grandes estruturas, alcançaram milhões de visualizações e seguidores postando vídeos aparentemente simples, mas que geraram um enorme impacto.

Exemplos desse fenômeno incluem:



  • Dancinhas: Plataformas como TikTok popularizaram coreografias curtas e divertidas, muitas vezes gravadas em casa, que acabam virando tendência global. Jovens como Charli D’Amelio alcançaram milhões de seguidores e contratos publicitários, ganhando fortunas em pouco tempo.



  • Gameplays: Streamers como Ninja e brasileiros como Nobru se tornaram ícones ao transmitir suas partidas de jogos como Fortnite, Free Fire, e League of Legends. Além das doações dos fãs, esses criadores lucram com patrocínios, contratos e até venda de produtos relacionados aos jogos.



  • Vendas nas ruas: Conteúdos que mostram a vida de vendedores ambulantes ou empreendedores de rua também têm viralizado. Canais que exibem essas histórias, como "O Vendedor do TikTok", trazem um novo olhar sobre a economia informal e, muitas vezes, geram doações e oportunidades para essas pessoas.



  • Desafios: Vídeos de desafios virais, como o Ice Bucket Challenge, e mais recentemente, tendências como "fazer 100 flexões por dia", também ganham força. O apelo à curiosidade e à participação em massa faz com que esses conteúdos sejam compartilhados repetidamente.




  • Skits de humor: Pequenos esquetes cômicos, geralmente improvisados ou baseados em situações cotidianas, são outra categoria extremamente popular. Humoristas como Whindersson Nunes, no Brasil, começaram a gravar vídeos caseiros e hoje possuem carreiras consolidadas.




Além dos conteúdos de dancinhas, gameplays e vendas nas ruas, outros fenômenos virais que têm transformado jovens em multimilionários são os viajantes e as pessoas que compartilham suas trends de maquiagem e "get ready with me" (se arrumando).

  • Viajantes: Criadores de conteúdo que documentam suas viagens ao redor do mundo têm conquistado milhões de seguidores. Esses influenciadores, como os do canal "Travel Beans" ou brasileiros como "Travel and Share", exploram diferentes culturas, paisagens exóticas e estilos de vida, monetizando seus vídeos por meio de parcerias com marcas de turismo, hotéis e plataformas de hospedagem como o Airbnb, além de contratos com empresas de tecnologia e patrocínios.





  • Trends de maquiagem: No mundo da beleza, influenciadores que compartilham dicas de maquiagem e skincare se tornaram gigantes. Jovens como James Charles e brasileiros como Mari Maria construíram impérios mostrando tutoriais, criando tendências e experimentando novos produtos. As famosas séries “Get Ready With Me” (se arrume comigo), onde os criadores documentam todo o processo de se preparar para eventos ou para o dia a dia, atraem milhões de visualizações e geram contratos com marcas de cosméticos, além de influenciar a forma como consumidores escolhem produtos.



Esse cenário mostra que, em tempos de pandemia e pós-pandemia, a internet democratizou as oportunidades de sucesso, transformando o que antes eram hobbies ou práticas rotineiras em fontes milionárias de renda. Jovens criadores aproveitam a interatividade e o poder viral das redes sociais para alcançar fama e fortuna, reinventando a forma de consumir entretenimento e desafiando os modelos tradicionais da indústria.

Portanto, o Brasil está em um momento crucial de transformação, mas, para realmente avançar, é necessário investir mais na formação técnica e educacional, capacitar as novas gerações e incentivar o uso inteligente das tecnologias disponíveis. O sucesso dos nerds retratado em O Triunfo dos Nerds mostra que a paixão e o conhecimento profundo, aliados à capacidade de inovar e aproveitar oportunidades, são o caminho para o verdadeiro progresso. #Explorar, #Trend, #Viral, #Inspiração, #ParaVocê, #VidaDeCriador #DanceChallenge", #ViralDance #TikTokTrend #Coreografia #TikTokDance #GetReadyWithMe #MakeupTransformation #Maquiagem #SkincareRoutine #MakeupHacks #DesafioTikTok #FunnyChallenge #TrendChallenge #TentandoNãoRir #Gameplay #FreeFire #MobileGaming #JogoViral #Fortnite #TravelTikTok #ViajandoPeloMundo #DicasDeViagem #TurismoEconômico #TriunfoDosNerds #RevoluçãoTecnológica #HistóriaDoComputador #InovaçãoDigital #GatesEJobs #EmpreendedorismoTech #ErrosQueEnsinam #ParceriasDeSucesso #MicrosoftVsIBM #VisãoDeMercado #InovaçõesQueMudaramOMundo #BrasilETecnologia #ResistênciaAoNovo #TecnologiaNoBrasil #TransformaçãoDigital #FuturoDasEmpresas #AutomaçãoEProdutividade #ModernizaçãoUrgente #NegóciosInteligentes #BusinessIntelligence



Kommentare

Mit 0 von 5 Sternen bewertet.
Noch keine Ratings

Rating hinzufügen
bottom of page